HJB: referência em bariátrica, médicos alertam sobre uso de ‘caneta emagrecedora’

Os medicamentos conhecidos popularmente como “canetas emagrecedoras” – que incluem os análogos de GLP-1 e, mais recentemente, os análogos duplos de GLP-1 e GIP – têm ganhado popularidade no tratamento da obesidade. Originalmente, desenvolvidos para o controle do diabetes tipo 2, estudos clínicos comprovaram sua eficácia também no combate ao excesso de peso, levando à ampliação de suas indicações. 

No Brasil, estão aprovados para o tratamento da obesidade a liraglutida (comercializada como Saxenda ou Victoza) e a semaglutida (presente nas marcas Ozempic, Rybelsus e Wegovy). A mais recente novidade no mercado é a tirzepatida, da marca Mounjaro, que tem chegada prevista ao país no fim de maio. Embora, por enquanto, tenha indicação formal apenas para diabetes, estudos clínicos mostram resultados promissores para o tratamento da obesidade.

Diante deste cenário, a endocrinologista do Hospital Jean Bitar (HJB), Emanuelle Pantoja, explica que essas medicações são indicadas para pacientes com diabetes que também apresentem sobrepeso ou obesidade, e também para pessoas com índice de massa corporal (IMC) a partir de 27, desde que associadas a comorbidades como hipertensão, colesterol alto ou o próprio diabetes.

“É realizada avaliação clínica criteriosa, considerando peso, altura e composição corporal. Essas doenças são crônicas e exigem acompanhamento contínuo. O uso das medicações deve sempre estar atrelado ao cuidado médico, pois são tratamentos de longo prazo, que controlam, mas não curam a obesidade”, ressalta a médica.

A nutricionista do HJB, Isadora Cordeiro, reforça a importância do acompanhamento profissional durante o uso desses medicamentos, especialmente pelos efeitos colaterais que podem afetar a digestão e a alimentação do paciente.

“É essencial aumentar a ingestão de água, já que esses medicamentos podem causar desidratação por reduzirem o fluxo intestinal. Também orientamos a inclusão de fibras solúveis, presentes em frutas, verduras e legumes, e fibras insolúveis, como as da aveia e da linhaça. Além disso, é recomendada a ingestão de proteínas magras, com baixo teor de gordura. Tudo isso deve estar associado a uma alimentação equilibrada e prática regular de atividade física”, destaca a nutricionista.

Programa Obesidade Zero: referência no tratamento da obesidade no Pará

O Hospital Jean Bitar é referência no tratamento da obesidade no Estado do Pará, por meio do programa Obesidade Zero, uma iniciativa do Governo do Estado, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Lançado em setembro de 2020, o programa oferece cirurgias bariátricas gratuitas, além de acompanhamento clínico e suporte multidisciplinar aos pacientes.

Dados – Desde 2020, quando o programa foi lançado, até o final do primeiro trimestre de 2025, mais de 2.031 cirurgias bariátricas já foram realizadas, beneficiando pacientes de diferentes regiões do estado. O programa garante uma abordagem completa, com avaliações clínicas, exames, consultas e suporte no pré e pós-operatório, promovendo qualidade de vida e bem-estar aos participantes.

Serviço: O Hospital Jean Bitar pertence à rede de saúde pública do Governo do Pará, e é administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

O HJB presta assistência em média e alta complexidade na área ambulatorial e hospitalar para usuários transgêneros, e em clínica médica e cirúrgica para pacientes com doenças metabólicas e gastrointestinais. A unidade fica na Rua Cônego Jerônimo Pimentel, nº 543, no bairro Umarizal, em Belém.

(Com informações da Ass. de Comunicação do HJB).