HJB: peixe no tucupi e maniçoba em Dia da Culinária Paraense a pacientes e equipe

O Hospital Jean Bitar (Belém / PA), 70 leitos, administrado desde 2016, comemorou o Dia da Culinária Paraense (25) com um cardápio de sabores autênticos da região amazônica. No cardápio preparado para a data, os pacientes tiveram a oportunidade de saborear peixe no tucupi, enquanto os profissionais puderam degustar a tradicional maniçoba..

A ação foi idealizada e executada pelo Serviço de Nutrição e Dietética (SND), em parceria com o Grupo de Trabalho de Humanização (GTH), com o objetivo de integrar o tradicional tempero regional à alimentação hospitalar, sem comprometer a saúde. A nutricionista Priscyla Lima, especialista em nutrição clínica do HJB, destacou a importância dessa iniciativa. “A maniçoba foi preparada para os colaboradores com a devida adaptação, visando ao equilíbrio entre sabor e saúde. Já o peixe no tucupi, foi servido aos pacientes de forma leve, respeitando as características e necessidades nutricionais específicas de cada dieta”, explicou Priscyla Lima.

Culinária regional saudável
A nutricionista afirmou que é possível incorporar a culinária regional às dietas de pacientes internados, mas com ajustes específicos. “A culinária regional pode, sim, ser parte de uma dieta saudável, desde que seja adaptada conforme as necessidades de cada paciente e de acordo com a patologia que ele apresenta”, explicou.

Ingredientes regionais aliados da Saúde
A nutricionista aproveitou a oportunidade para ressaltar alguns ingredientes típicos da Amazônia que são grandes aliados da saúde e merecem estar presentes nas refeições do paraense. Entre eles, estão o jambu, as frutas regionais e a chicória, todos reconhecidos por suas propriedades benéficas à saúde.


Existe alimento ‘remoso’?
Durante a ação, também foi abordada a questão dos alimentos ‘remosos’, uma expressão popular para se referir àqueles alimentos que, algumas pessoas acreditam que podem causar inflamação ou dificultar a cicatrização, especialmente após cirurgias ou ferimentos. No entanto, a ciência não tem uma concordância sobre essa classificação, e a reação a esses alimentos pode variar de pessoa para pessoa. Priscyla esclareceu que não há comprovação científica de que esses alimentos, como camarão, jambu e peixes, sejam de fato prejudiciais à saúde ou à cicatrização. “Essas crenças são baseadas em tabus culturais, mas não há evidência científica que comprove que esses alimentos causem danos à saúde. O importante é desmistificar essas ideias e orientar os pacientes da melhor forma possível”, comentou Priscyla.

(com informações da Ass. de Comunicação do HJB).