CIIR promove avaliação ocular preventiva em crianças e adolescentes

(15/7/2021) – Prevenir a saúde ocular em crianças e adolescentes é uma das prioridades de atendimento do Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR). Uma equipe multiprofissional é responsável pela avaliação e encaminhamento dos pacientes atendidos no espaço, sobretudo, com paralisia cerebral ou autismo, aos especialistas oftalmologistas. 

Desde o início da pandemia de Covid-19, tem sido identificado o agravamento dos problemas oculares, a partir da intensificação do uso de celulares, tablets e computadores. Queixas de crianças e adolescentes, como dor de cabeça, desconforto ocular, olhos lacrimejantes ou com ardência, são comuns, segundo a oftalmologista do CIIR, Paula Coelho. 

“Nossas orientações para se evitar problemas relacionados ao uso desses equipamentos é: além de fazer uma avaliação oftalmológica, para as devidas providências, é também fazer uma diminuição do uso, além de um pequeno exercício, que é desviar os olhos do aparelho por 20 a 30 segundos de 20 em 20 minutos, o que fará grande diferença”, informa a médica. 

A profissional explica que o quanto antes são detectados problemas visuais, existem mais chances de evitar uma possível cegueira. É na primeira infância, até sete anos de idade, que a visão tem que ser estimulada para prevenir a miopia. “Procuramos detectar o quanto antes nas crianças a catarata congênita, glaucoma congênita, desvio ocular(estrabismo) e erros retrativos, que é identificar se a criança precisa de óculos e o quanto antes começar a usar dependendo do grau melhor para ela”, ressalta Paula.

A historiadora Cassia Rosa conta que identificou que a sua filha possuía algum problema visual, a partir das aulas online e do isolamento social, por conta da pandemia, quando o tempo da criança na frente das telas foi estendido. 

“A gente controlava bastante o uso de equipamentos eletrônicos, para que se reduzisse o risco dela desenvolver qualquer problema visual, só que durante a pandemia a restrição do uso do computador foi muito difícil, porque eram aulas, lazer, atividades escolares, tudo online. Levei ela no oftalmologista e tomamos um susto, porque já estava com 1,5 grau de miopia. Essa mudança de rotina acabou nos afetando em diferentes níveis”, pontua a historiadora. 

ATIVIDADES TERAPÊUTICAS

O CIIR faz atividades terapêuticas com pacientes com deficiências visuais para proporcionar maior qualidade de vida, autonomia e, principalmente, independência naquelas atividades cotidianas, como lazer, estudos, trabalho, entre outras.

Maria Rosalina Castilho é mãe do paciente Uendison Salomão, que tem paralisia cerebral e é atendido pelo CIIR desde os 4 meses, por conta do comprometimento do desenvolvimento motor e da visão (baixa visão e estrabismo). Atualmente, com dois anos, a mãe comemora a evolução conquistada por ele com o tratamento. 

“Ele desenvolveu bastante, a palidez nos olhos não tem mais, o estrabismo melhorou e não será preciso operar. Ele já anda e está falando umas palavrinhas que não falava. Considero uma grande melhora, já está enxergando muito bem, de longe e de perto. Além da oftalmologia, ele teve outros atendimentos no Centro, como a pediatria, a nutrição, a fonoaudiologia e muitos outros. Me sinto muito segura e satisfeita aqui”, ressalta Maria Rosalina. 

Além da estimulação visual, a terapeuta ocupacional Ilma Gabriele Ribeiro Franco explica que também é trabalhada a orientação em mobilidade. “O Uendison faz reabilitação visual, que consiste em utilizar a visão residual que essa criança possui. A terapia ocupacional busca combater lesões físicas e psicológicas. Através da brincadeira e do lazer, proporcionamos atividades e tratamentos que possibilitam que as crianças resgatem suas funções básicas e visuais”, conta a profissional. 

ATENDIMENTO

O CIIR atende os usuários que são encaminhados pelas Unidades de Saúde reguladas pela Central de Regulação do Município à regulação Estadual, sendo analisado o pedido, através do Sistema de Regulação – SISREG. Não há atendimento direto ou qualquer tipo de inscrição ou cadastro no CIIR.

Por Giovanna Abreu (SECOM)