Enfermaria de campanha anexa ao Hospital Delphina Aziz começa a funcionar para pacientes em fase de recuperação da Covid

(28/1/2021) – Na manhã desta quarta-feira (27), o governador do Amazonas Wilson Lima acompanhou junto com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o início dos atendimentos na enfermaria de campanha montada pelo Exército na área externa do Hospital Delphina Aziz. A montagem da estrutura iniciou no dia 16 de janeiro, vai receber pacientes que estão finalizando o tratamento da doença e, começou a operar, inicialmente, com 14 leitos clínicos de um total de 57.

“Aqui iniciamos o trabalho para pacientes que já passaram pela fase mais difícil da covid. Nesse momento, há 14 pacientes que estão internados nessa enfermaria de campanha e que estão também fazendo fisioterapia, que é um processo de recuperação para que, em seguida, eles possam ter alta. À medida que eles ocupam o leito da enfermaria, eles desocupam um leito no Hospital Delphina Aziz e permitem que mais pessoas sejam referenciadas para esta unidade”, ressaltou Lima.

Para entrar em operação, a enfermaria de campanha recebeu duas usinas independentes, das sete que foram doadas pelo Ministério da Saúde (MS). As duas usinas instaladas na unidade têm capacidade de produzir 26m³ de oxigênio por hora, o que é suficiente para atender os leitos clínicos lá instalados.

Lima ressaltou ainda que o Governo estuda abertura de mais leitos na área externa e dentro do Delphina. “Estamos fazendo alguns estudos para que possamos abrir novas enfermarias anexadas ao Delphina Aziz e, também, a gente continua naquele processo de abertura de alas para pacientes no sexto andar do hospital, uma área que funcionava um almoxarifado e que estamos retirando todo esse material para adaptar para uma enfermaria”, detalhou.
O secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campelo, explicou que a enfermaria de campanha vai reduzir a quantidade de pacientes dentro da unidade hospitalar, uma vez que, transferindo quadros de baixa complexidade, haverá a oferta de mais leitos para pacientes referenciados das unidades portas de entrada.

“Nós vamos registrar com a enfermaria o descalonamento de pacientes dentro do próprio Delphina. A enfermaria é uma porta de saída de alta, ela não recebe paciente que está contaminado agora. Ele tratou no Delphina e desce para passar seus últimos dias ali de internação, para depois receber alta. Nesses dias, que variam de dois a três dias de internação, ele vai, inclusive, começar o seu processo de fisioterapia aqui no hospital”, disse o secretário.

Desde abril de 2020, no primeiro pico da pandemia, os seis andares do Delphina Aziz foram colocados em funcionamento ampliando o número de leitos gerais, de 132 para 384. A quantidade de leitos de UTI saltou de 50 para 150, triplicando a capacidade. Com os novos leitos em enfermaria de campanha, entregues nesta quarta-feira, a unidade passa a contar com 434 leitos exclusivos para a Covid-19. O Instituto de Desenvolvimento Social e Humano que faz a gestão assistencial do hospital desde abril de 2019, tem desde o início da pandemia, implantado todos os protocolos assistenciais específicos para o enfrentamento da doença. Desde 2014, quando foi inaugurado, o hospital tinha apenas os três primeiros andares ativados.

O diretor técnico do Complexo Hospitalar Zona Norte, Leandro Moura, explicou que a equipe assistencial do Delphina Aziz escalada para atendimento na enfermaria de campanha compreende várias especialidades. Serão em torno de 60 profissionais, somando médicos, enfermeiros, nutricionistas, serviço social, fisioterapeutas e dentistas. O objetivo é dar o atendimento necessário para que o paciente atinja a recuperação o mais rápido possível.
“Com isso vamos estar ofertando um serviço que, até então, dentro do município de Manaus e no Amazonas, com esse grau de complexidade, não existia ainda. Dessa forma vamos estar dando um serviço de qualidade para o paciente, acelerando o processo de cura para ele retornar à sociedade e à família com a situação de recuperado e sem riscos de voltar ao hospital por complicações da Covid-19”, explicou Leandro Moura.

(Informações: Assessoria de Imprensa).