Mudança de hábitos alimentares evita doenças gastrointestinais, diz médico do Centro Hospitalar Jean Bitar

Hábitos alimentares podem contribuir para surgimento de doenças gastrointestinais.

Bons hábitos alimentares são fundamentais para evitar muitos tipos de doenças, entre elas, câncer, obesidade e problemas gastrointestinais, que inflam a mucosa do estômago, gerando maior incidência de gastrite. O alerta é do gastroenterologista Marcelo Magalhães, visando conscientizar a população sobre os riscos de doenças causadas pela ingestão prolongada de alguns tipos de alimentos e produtos que influenciam diretamente na saúde. A freqüência da alimentação funciona como fator protetor ao longo da vida.

Ele faz parte da equipe de especialistas do Centro Hospitalar Jean Bitar (CHJB), que somente ano passado realizou 27.301 atendimentos ambulatoriais, 975 cirurgias, sendo que 278 delas, do aparelho digestivo e 1.342 atendimentos ambulatoriais em endoscopia.

Segundo o médico e cirurgião, o tipo de preparo do alimento também influencia no risco de doenças.  “A ingestão frequente de condimentos e gordura, associada à alimentação pobre em fibras, pouca água, aumentam as chances de desenvolver doenças do intestino”, explicou.

Marcelo Magalhães chama atenção para dados de estudos recentes que mostram que faixa etária dos pacientes, que sofrem de doenças gástricas, mudou, em virtude da mudança na alimentação. “Antigamente a refeição era baseada em arroz, feijão e bife. Hoje, as comidas são rápidas e bastante condimentadas”, observou, exemplificando que o Japão já liderou ranking de pacientes com tumores de estômago, mas, mas por se tratar de um país desenvolvido, em cada bairro havia uma unidade de endoscopia. No entanto, ele a firma que o ideal mesmo ainda é a prevenção com hábitos e atitudes mais saudáveis.

“Antes, muito adultos e idosos procuravam tratamento gástrico, mas o público mudou e hoje muitos adolescentes já estão em busca de ajuda médica, com problemas de estômago e até mesmo, problemas oncológicos. Tumores estão aparecendo com mais frequências em jovem, não necessariamente no estômago, mas também no intestino”, comentou o gastroenterologistas.

O ritmo acelerado da vida atual é um dos fatores que contribuem para este cenário de doenças adquiridas, impulsionadas pelo tempo limitado e, por isso, a alimentação está sendo negligenciada com a ingestão rápida e com  baixa quantidade de fibras.

Para ele, os adolescentes são os mais afetados, por conta da pesada rotina com a escola, cobranças para o bom rendimento nos estudos, cursos extras, fazendo com que o jovem também busque uma alimentação mais rápida, aumentando com isso,  a procura pela especialidade, a partir de alguns sintomas, que normalmente começa  com uma leve dor abdominal, pode ou não ter azia ou queimação, além de mudança no hábito intestinal.

O tipos mais comuns da doença, são: gastrite aguda, na maioria da vezes, em sua fase inicial,  causada por estresse ou muito tempo sem se alimentar. Gastrite crônica, aquela que já é de longo prazo, e, por isso, mais difícil de tratar.Temos ainda a ulceração, fase mais grave da doença inflamatória do estômago, que exige tratamento mais demorado com assistência clínica e nutricional.

Por fim, o médico orienta que a adoção de uma alimentação saudável que previne o surgimento de doenças crônicas e melhora a qualidade de vida. Frutas, verduras, legumes e cereais integrais contêm vitaminas, fibras e outros compostos, auxiliam as defesas naturais do corpo e devem ser ingeridos com frequência.

O investimento da atual gestão, conduzida pelo administrador Giovani Merenda, prioriza o atendimento humanizado e estrutura com tecnologia de ponta que mantém o único Laboratório de Habilidades Videolaparoscópicas da região e realização de  cirurgias de parede abdominal/ gástrica, e ainda para cirurgias nas vias biliares e intestino.

“São especialidades voltadas exclusivamente ao paciente do Sistema Único de Saúde, que têm na unidade atendimento diferenciado sem deixar a desejar a nenhuma unidade hospitalar de outros estados”, afirmou o gestor, ressaltando que o CHJB atualmente disponibiliza 70 leitos.

A unidade também é referência estadual para endoscopia digestiva, endocrinologia, reumatologia, geriatria, pneumologia e clínica médica.

Serviço: O Centro Hospitalar Jean Bitar fica na Rua Cônego Jerônimo Pimentel, Umarizal, em Belém.