(22/2/2021) – Em funcionamento desde 15 de janeiro, o Núcleo de Atendimento Transtorno do Espectro Autista (Natea), instalado no Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém/PA, já registrou a marca de mais de 100 atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Focado na Análise do Comportamento Aplicada (ABA) e em evidências científicas, o espaço oferece serviços multiprofissionais que auxiliam no desenvolvimento de pessoas com autismo. A proposta é alcançar 300 usuários de forma gradativa.
Para a coordenadora estadual de Políticas para o Autismo, Nayara Barbalho, o próximo passo é expandir o serviço para outros municípios. “Estamos muito felizes com a resposta do público em relação a esse projeto inédito no Pará. Além do Natea do CIIR, nós já estamos com projetos para outros núcleos em municípios do Estado”, afirmou a coordenadora.
Antes do Natea, o atendimento ABA (do inglês Applied Behavior Analysis ou Análise do Comportamento Aplicada). era ofertado apenas na rede particular. “Então estamos com a oportunidade de fazer com que esse trabalho seja colocado dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), é um grande marco para esse desenvolvimento, para o transtorno do espectro como um todo e para essas crianças que também precisam desse atendimento de qualidade”, ponderou a fonoaudióloga Letícia Câmara.
Marta Maiara Santos é mãe da Ana Alice Santos Silva, de quatro anos de idade. Há dois anos ela já desconfiava do diagnóstico da menina e foi contatada nos primeiros dias de funcionamento do Natea. “Eu não esperava a ligação. Aqui passei pelo psiquiatra que a avaliou como autista e hiperativa. Estamos aqui há duas semanas, iniciou com as consultas e já está tratando. Para mim está sendo gratificante porque eu vejo o desenvolvimento da Ana, trabalhando em casa da minha forma. Então agora com os profissionais eu sei que Ana vai ter um desempenho ainda melhor, queremos que a criança se desenvolva e tenha uma vida independente”, anseia Marta.
O acompanhamento exige a presença física da menina duas vezes por semana e um dia apenas dos pais. “Eu morava no Acará e me mudei para Belém por causa do tratamento dela. Esperei por dois anos essa vaga, eu não podia perder. Não teria como ela tratar e estudar por conta da distância”, acrescenta a mãe.
(Informações: Ass. de Imprensa / Fotos: Alex Ribeiro – Ag. Pará)